Nossa cultura ocidental não enxerga a morte como algo bom. O apego demasiado à matéria nos faz temer o desconhecido.Quando alguém que amamos morre, o sentimento de perda é forte e nos faz questionar diversos aspectos de nossas vidas, ações...E o interessante é que quando olhamos para trás, as coisas materiais que nossos entes queridos deixaram, as cartas, as contas do banco; nada daquilo que tanto importou um dia faz sentido. Nada disso faz diferença agora.
Pois é impossível substituir alguém, mesmo que apareçam outras pessoas, mesmo o tempo passando, até mesmo a certeza da morte física não destroi a eterna presença daquela pessoa.
Porém a realidade terrena faz questão de lembrar-nos constantemente o vazio e a solidão que insiste em ficar. E por mais difícil que seja, a crença nos ajuda a não nos revoltarmos diante desse inevitável evento da vida,nos conforta; pois seria duro demais aceitar a possibilidade de um fim definitivo.
A morte nos une mostrando o quão frágeis e impotentes somos. É uma época de reflexão, onde até as piores desavenças perdem lugar para a compaixão e a caridade, uns ajudando os outros na dor. ...Para os que ficam, o amor é o único remédio, ele não apaga nem diminui a saudade, mas nos ajuda a seguir adiante, afinal, quem ama de verdade espera nesse mesmo sentimento o dia do reencontro, vendo a pessoa amada não só nas coisas óbvias mas também no amanhecer de cada dia, em cada oportunidade de mudança, dor, decisão, aprendizado e acima de tudo, na certeza que a pessoa estará em nossos corações, como alguém quem nunca foi embora de verdade.
>>>Samantha SK
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