08 maio 2008

Curiosidades que nós prefeririamos não saber sobre São Paulo


Do ponto de vista econômico, de meados do século 19 até os dias de hoje, São Paulo tem sido a cidade mais próspera do Brasil. No entanto, tal prosperidade aliada à falta de planejamento resultou em graves problemas urbanos.
Atualmente a capital, a despeito de sua riqueza, ostenta elevados índices de violência e é dona de um trânsito caótico. Sua atmosfera poluída torna a vida dos moradores cada vez mais insalubre. O rio Tietê, que cruza a cidade, é o maior esgoto a céu aberto do País.

  • A capital paulista é a cidade mais populosa do hemisfério sul. Cerca de 11 milhões de habitantes vivem distribuídos em seus 1.524 quilômetros quadrados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São Paulo é dona de uma frota de mais de 5 milhões de automóveis (1 carro para 2 habitantes), 10 mil ônibus e 600 mil motocicletas. No pico da manhã, a velocidade média é de 23 km/h, à tarde, 27 km/h. Chega a ser um pouco mais rápido do que uma bicicleta a passeio (mas os ciclistas garantem que seu meio de transporte é mais prazeroso). Há dias em que são registrados de 120 a 140 km de lentidão. O recorde, no entanto, é estoeante: incríveis 242 km de congestionamento, registrados em 1996 pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
  • O excesso de veículos automotores em circulação nas ruas, somado à intensa atividade industrial, são os grandes responsáveis pela poluição atmosférica paulistana. Quem mora em São Paulo sabe o quão insalubre é... respirar. O ar da capital é infestado por poluentes químicos, monóxido de carbono, cloruorcarbonetos (causadores do efeito estufa) e metais pesados.
    Quem, em São Paulo, nunca observou a beleza nefasta de uma inversão térmica? O fenômeno, que ocorre com mais freqüência no inverno, impede que os poluentes do ar se dissipem, intoxicando a atmosfera.
  • Se o status de guerra civil dependesse apenas das estatísticas, São Paulo já teria sido sitiada pelo exército. A média de 58 homicídios por 100 mil habitantes coloca a cidade como a quarta capital mais violenta do país, perdendo apenas para Recife (PE), Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO).Isto considerando as estatísticas percentualmente. Em números inteiros, a coisa piora e muito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), São Paulo tem mais de 1% do total de homicídios do mundo (dados de 2000), ficando atrás apenas de cidades como Cali e Medellín, na Colômbia. É ou não é uma guerra civil?
    A violência não é homogênea em São Paulo, está concentrada principalmente nas periferias – não por acaso, as regiões mais carentes. No bairro de Pinheiros, de classe média e próximo ao centro, o índice de homicídios é dez por 100 mil habitantes; em Parelheiros, no extremo sul da capital, o índice cresce 900%, chegando a 103 homicídios por 100 mil habitantes.
    Como se não bastasse, São Paulo foi o berço, em 1993, da maior facção criminosa do País, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Calcula-se que o grupo tenha atualmente cerca de 130 mil adeptos, e a capital é freqüentemente palco de suas ações.
    Mais do que aborrecedor e estressante, o trânsito em São Paulo é violento. Em 2006, 1,48 mil pessoas morreram em acidentes, sendo que 49,4% eram pedestres. Por dia, morreram, em média, 2 pedestres e 1 motociclista.
  • São Paulo é uma boa cidade para se morar, pelo menos para quem tem moradia. Não é o caso, no entanto, de 30% dos paulistanos que vivem em favelas, cortiços ou loteamentos clandestinos (O Estado de São Paulo, 2000). Veja, no mapa, que a conseqüencia óbvia da falta de planejamento urbano, combinada com a exclusão sócio-econômica que ocorre em São Paulo, é um monte de casas esparramadas por sobre as outras.

  • Para quem trafega pelas marginais de São Paulo e sente o mal cheiro exalado pelos rios Tietê e Pinheiros, este indicador pode supreender: a coleta de esgoto atende a 96% dos domicílios urbanos em São Paulo, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).Foram aportados no projeto de despoluição do rio Tietê, com início em 1996, mais de US$ 1,5 bilhão em estações de tratamento e redes de coleta, segundo a Sabesp. No entanto, o Tietê continua morto, com águas altamente poluídas, impróprias para qualquer tipo uso – um gigantesco esgoto a céu aberto.
fonte: HowStuffWorks

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