Embora o passatempo possa parecer suicida, cruzar com um salto o abismo que separa duas elevações rochosas é um esporte radical que na verdade vem ganhando popularidade na República Checa. Conhecida como "salto nas rochas" ou só "salto" entre os praticantes locais, a atividade carregada de adrenalina se concentra nas Rochas de Adrspach-Teplice, uma reserva natural isolada localizada na porção nordeste da República Checa.
Conhecida por seus cerca de 28 km² de formações rochosas fálicas, a reserva vem servindo de campo de treinamento a praticantes veteranos das escoladas, entre os quais Jaroslav Houser, 63 anos, que supostamente foi o pioneiro na escala de mais de mil das espiras rochosas.Em seu frenesi por atingir o maior número possível de picos que ainda não tenham sido escalados, praticantes escolados do esporte, como Houser, terminaram por gerar, não intencionalmente, a prática do salto nas rochas, em Adrspach. " objetivo é chegar ao topo do maior número possível de torres", disse Vladimir Prochazka, 59 anos, conhecido como "Besouro", um praticante de escaladas e colecionador de histórias sobre seu esporte na República Checa. "Os praticantes tentam atingir os picos de acesso mais difícil, e ocasionalmente isso envolve saltos".
"Saltar requer destemor, considerável agilidade e uma grande tolerância à dor", disse Prochazka. "Costelas quebradas e danos à espinha são ocorrências bastante comuns". Ainda assim, existem aqueles que preferem apimentar suas experiências saltando sem corda. Entre os mais conhecidos desses aventureiros estão Petr Prachtel e sua mulher, Zorka, que ajudaram a criar o esporte nos anos 60 e 70, uma época a que os praticantes iniciais do salto em rochas costumam se referir como "era dourada".
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